O fim da televisão como conhecemos
Calma pessoal, esse post não é
obviamente uma notícia. É apenas uma reflexão sobre os rumos que a
humanidade está tomando e, principalmente, como a evolução da tecnologia
mudará nossos costumes e deverá sepultar a televisão nos moldes que
conhecemos hoje.
Não iremos nos alongar muito para deixar
espaço para que você leitor discuta a respeito do tema: até quando
teremos a TV da forma que conhecemos.
Sobre o fim da TV por assinatura
Há algum tempo a mídia especializada já
comenta que o serviços On demand, via streaming, ou ainda OTT, que
permite a visualização de conteúdo à qualquer momento e hoje em dia
também ao vivo, em algum momento irão sepultar os modelos de TV aberta e
paga que temos hoje.
Com qualidade Full HD e até 4K em
serviços como o Netflix e até no Globo Play (que é gratuito), garantido
por conexões de internet modernas, esses serviços mostram-se mais
promissores e evoluídos do que qualquer operadora de TV no mundo
conseguiu mostrar que é capaz até aqui.
Se analisarmos a fundo, perceberemos que
essa é uma previsão que pode até ser considerada tola, pois basta
observar o próprio comportamento das teles para identificar que este é o
futuro.
O difícil é ter certeza de como será o
modelo futuro de TV por assinatura no mundo. Hoje temos um hibrido: é
preciso assinar um dos pacotes tradicionais, instalar receptores,
antenas, etc para então ganhar uma senha de acesso aos aplicativos que
permitem ver os canais e programas em qualquer lugar.
Essa tendência é interessante porque ela
tem permitido uma transição tranquila para os dois públicos: o
tradicional que nunca irá assistir um jogo de seu time na tela do
celular (e que prefere o televisor na sala ou quarto) e seus familiares,
muitas vezes mais jovens, que querem assistir a tv em uma janela do PC
enquanto fazem outras coisas.
Adivinhar preços, modelos e quais canais
sobreviverão não são coisas fáceis de se prever ainda, mas não vemos
muitas saídas. A transmissão via satélite está fadada ao fim nos
próximos anos, e a TV à cabo pode muito bem aproveitar todos os
benefícios da expansão da rede para oferecer todos os serviços comuns
(TV, internet e telefone) em um serviço único, via internet, eliminando
até mesmo os receptores para aqueles assinantes que já tenham smart TVs
ou adaptadores multi função, como o Google Chromecast e o Appl TV.
E sobre a TV aberta
Foram décadas para mudar do preto e
branco para o colorido. Décadas para resolver aumentar a definição do
som e imagem dos canais. Anos para concluir o processo de eliminação do
sinal analógico de péssima qualidade (que ainda demorará mais alguns
anos para ocorrer).
Não bastasse a demora, a tecnologia
adotada para o Brasil já nasceu defasada, oferecendo poucos recursos
além da alta definição de som e imagem. Investiu-se em uma tecnologia
que não é barata e que no máximo agregou um EPG simplório e uma
interatividade extremamente limitada.
Não queremos dizer que a transição não
era importante, mas ela foi tão cara para as emissoras e também para o
povo, demorada e problemática, que não deveria entregar um produto que
já é defasado tecnicamente e que está fadado ao fracasso em breve.
Hoje algumas das grandes capitais do país já possuem sinal aberto da Rede Globo ao vivo pela Internet, podendo assistir no PC, tablet ou Smartphone.
Se o maior canal do Brasil e da América
Latina já está migrando para a internet, esqueçam meus amigos, a TV
Aberta está muito próxima do fim (ao menos na transmissão terrestre
tradicional).
A substituição da TV aberta pelo Youtube/Netflix e da TV fechada pelo conteúdo On Demand
Em resumo, a internet irá mais cedo ou
mais tarde substituir a televisão, seja aberta ou fechada. Dia após dia o
ato de ver clipes de música, episódio de novelas, séries,
documentários, vai sendo transferido para a Internet (e hoje de forma
legal, paga em muitos casos).
Os lucros agora vem de anúncios clicáveis em vídeos, sites e afins, sepultando o antigo modelo de propagandas fixas.
É realmente uma questão de tempo para
que a maioria dos usuários utilizem esse meio e que a internet
possibilite transmissões em altíssima definição ao vivo para a maioria
da população.
Ressaltamos que o objetivo da
matéria está muito longe de ser sensacionalista e de nos colocarmos na
posição do “profeta do apocalipse”.
A tragédia (ou evolução como prefiram
chamar) já é anunciada há anos, e aguarda apenas o ciclo do
aperfeiçoamento da internet e da qualificação dos usuários se encerrar,
para findar com as transmissões limitadas, estáticas e antiquadas da
televisão tradicional.
TV como objeto nostálgico
Haverá quem preze pelo “charme” de
esperar pelo capítulo da novela sempre no mesmo horário, mas que assim
como as máquinas de escrever, câmeras fotográficas com filme e tantos
outros exemplos, tornaram-se produto (ou serviço) de pequeninos nichos
nostálgicos e não mais do que isso.
A sociedade caminha para o livre acesso
ao conteúdo, onde os ganhos não se resumem ao entupimento e alienação
das pessoas com comerciais recheados de baboseiras e mensagens
subliminares.
É a era digital, da interatividade, onde
apenas o nome de uma emissora não garantirá mais a existência de atores
e profissionais sem qualificação ou carisma, com conteúdo de baixa
qualidade que se aproveita da fraqueza intelectual da massa para
sobreviver e lucrar.
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